Chega: creches grátis para famílias "portuguesas residentes"

O cabeça de lista do Chega à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas comprometeu-se a construir 4.500 casas acessíveis e creches gratuitas para todas as famílias “portuguesas residentes”, pretendo ainda criar uma feira popular no Parque Papa Francisco.
“Vamos romper com 50 anos de paralisia. Merecemos uma oportunidade para mudar Lisboa. Vamos defender Lisboa aqui e agora, com coragem, com justiça, com futuro”, afirmou o candidato Bruno Mascarenhas, do Chega, assumindo o desafio de romper com uma governação de “alternância de ‘slogans’ e favores entre o PS e o PSD”.
A apresentação da candidatura à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro, que decorreu no Pavilhão Carlos Lopes, no centro da capital, contou com a presença do presidente do Chega, André Ventura.
O candidato do Chega e atual deputado municipal Bruno Mascarenhas começou por dizer que Lisboa “está rendida à desordem, à corrupção, à propaganda, à mentira do politicamente correto, à incompetência disfarçada de moderação”.
“Quem anda pelas ruas de Lisboa vê o que os gabinetes dos partidos do sistema não querem ver: lixo acumulado, insegurança crescente, bairros inteiros degradados, jovens sem casa, portugueses discriminados e serviços públicos em colapso”, apontou.
Além de apresentar as propostas do Chega para Lisboa, Bruno Mascarenhas criticou o atual presidente da câmara, o social-democrata Carlos Moedas, candidato pela coligação PSD/CDS-PP/IL, e a socialista Alexandre Leitão, pela coligação PS/Livre/BE/PAN: “Moedas quer mais quatro anos para fazer o que não fez. Leitão quer governar Lisboa como se fosse um sonho de Verão do PS, o conselho de ministros de Pedro Nuno Santos com Mariana Mortágua e Rui Tavares como ministros”.
O compromisso do Chega é “devolver Lisboa aos lisboetas”, por considerar que a capital “não é um campo de experiências multiculturais”, mas sim “a casa dos portugueses”.
“Vamos construir 4.500 casas acessíveis até ao final do mandato e vamos transformá-las numa oportunidade real para famílias e jovens portugueses que vivem, trabalham ou estudam em Lisboa. Vamos transformar 50% dos inquilinos municipais em proprietários. Vamos acabar com a sobrelotação das habitações e quem ocupa ilegalmente imóveis públicos ou privados, rua, sem desculpas, sem favores, sem exceções”, expôs.
Defendendo “tolerância zero” à ocupação ilegal, à imigração ilegal e ao compadrio, o candidato do Chega prometeu o reforço da Polícia Municipal, com 300 novos agentes, e o aumento das competências dos tribunais arbitrais municipais, “para que decidam rapidamente sobre imigração, arrendamento abusivo, ocupações ilegais”.
Bruno Mascarenhas sugeriu ainda uma mudança quanto à gestão do lixo na cidade, a disponibilização de creches e pré-escolar gratuitos para todas as famílias “portuguesas residentes” e a redução para zero do número de pessoas em situação de sem-abrigo na capital, através de “políticas firmes”.
“Vamos criar uma cidade desportiva no Parque Papa Francisco. Vamos reativar aí a feira popular e resgatar a fábrica de memórias de família”, propôs o candidato do Chega, que tem como 2.º lugar da lista a médica dentista Ana Simões Silva.
Nas autárquicas de 2021, o Chega concorreu pela primeira vez a eleições para órgãos municipais, mas em Lisboa falhou a eleição de vereadores, tendo conseguido eleger três deputados à assembleia municipal, entre os quais o agora candidato Bruno Mascarenhas.
No atual mandato (2021-2025), o executivo de Lisboa integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” – PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação “Mais Lisboa” – PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt) e Adelaide Ferreira (ADN).
observador